“As
movimentações nos elementos constitutivos do patrimônio da empresa, que possam
ser expressas em valores monetários, constituem fatos que geram lançamentos
contábeis que são as entradas de dados para o sistema de informações contábeis.
Portanto, cada fato contábil deve
ser claramente identificado quanto a seu significado. Muitos desses fatos envolvem
cálculos para em seguida serem adequadamente classificados e registrados. Desse
modo, os referidos registros constituem um rico banco de dados, a partir do
qual é possível gerar informações necessárias tanto para usuários internos
quanto para externos da empresa.”
Vencidas as etapas operacionais
do processo contábil e disponibilizado a síntese do que passa a comunicar, seu
encaminhamento deve guiar-se por proposta e uso que venham a agregar valor ao lado dos muitos recursos que compõem a
estrutura produtiva da entidade.
Pode-se deduzir que a base estrutural de nossa
disciplina data dos primórdios da civilização. em nossa era, tem sido acrescida
de significativos avanços conceituais e aplicados, como conseqüência de sua
abordagem científica e adequação aos ditames e ordenamentos estimulados pela
crescente complexidade da economia contemporânea.
Na clarificação do panorama histórico da
Contabilidade e sua vinculação com elementos do processo contábil atual é
oportuno destacar a contribuição de PARMA, que diz que “a história da Contabilidade está ligada à história do simbolismo
da perda do paraíso terrestre por parte de Adão e Eva, e na unidade patrimonial
explicitada, a que chamamos de Conta”.
Hoje, conduzir o processo contábil como uma mera
rotina burocrático-operacional, sem crítica sistemática à coisas postas por
simplismo e ou apenas adesão à boa técnica e aos ditames de interesse fiscais é
como dirigir um automóvel em alta velocidade apenas pelo que lhe é possível ver
através do retrovisor. É suicídio.
A grande meta que deve ser buscada ao longo do
processo contábil, visando atender os objetivos fins que lhe sucedem, é a
geração de Relatórios Contábeis dotados de qualidade intrínseca — simplicidade,
clareza, tempestividade, dentre outros — e qualidade extrínseca, denotando o
cumprimento dos padrões e ditames contábeis, acrescidos de esmerado cuidado
estético, como forma de tangibilizar seu conteúdo, associado à criatividade e
competência inovadora, capazes de contribuírem positivamente para a melhor
utilização, compreensão e interpretação dos dados e informações contidos.
Neste campo, há que se reconhecer a existência de
certo descaso (às vezes, desrespeito) para com os usuários das informações contábeis, quando as mesmas são veiculadas,
quando “a olho nú” sugerem pecam contra
a credibilidade do informe, pondo em dúvida, inclusive, sua precisão,
veracidade e a competência profissional de quem as subscreve.
A era do empirismo contábil a muito foi
declinada. Os cenários são outros. O mundo, e ai o mundo dos negócios — e o
mundo contábil —, estão em plena Era da Informação. Urge sejam implementado por todos o ajustamento de rumos, a
qualificação contínua e sistemática e a busca da maximização do potencial da
informação gerada pelos esforços dispendidos ao longo do Processo Contábil.
No mesmo contexto, a “Era do Contador de Fundo de Sala” também não mais existe. Os
desafios estão postos a nível pessoal, educacional e profissional; nos mesmos
planos, mudanças e inovações criteriosas devem ser estimuladas, exigidas e
implementadas como pressupostos para a Contabilidade assumir e manter posição
junto da estrutura estratégica que compõe o corpo diretivo das organizações.
A evolução do Processo Contábil, estruturado em
princípios próprios, firmes, porém flexibilizáveis segundo á época, sinaliza
uma tendência natural ao integrar novos conceitos, aproximando-se e
associando-se cada vez mais à resultante da evolução de recursos tecnológicos
emergentes. A isto se somam as interações e parcerias multidisciplinares,
rompendo o tradicionalismo linear da Contabilidade, para agregar perspectivas
de novos tempos e plena consecução dos objetivos fins da Contabilidade —
contribuir com o processo de condução e continuidade dos negócios , por meio da
evidenciação dos esforços dispendidos em sua condução, que se materializam na
forma de lucro, desejando-se seja equitativamente distribuído em favor de
melhoria da qualidade de vida do homem investidor, do homem trabalhador e da sociedade como um todo.
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